segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Paleontólogos acham pequeno dino chifrudo na Coreia do Sul

O fóssil de um novo tipo de dinossauro minúsculo, com pequenos chifres, foi encontrado na Coreia do Sul. É o primeiro desse tipo na área, onde tais descobertas são raras, segundo cientistas. O animal foi batizado com o nome latino de Koreaceratops hwaseongensis

O achado está ajudando pesquisadores a resolver o mistério de como dinossauros com chifres evoluíram de pequenas criaturas da Ásia para grandes dinossauros, como os Triceratops, que andavam pela América do Norte. 

"Fósseis de dinossauros não têm sido facilmente encontrados nessa região, embora evidências de ovos e pegadas de dinossauros ocorram mais frequentemente", disse Michael Ryan, curador e diretor de paleontologia de vertebrados no Museu de História Natural de Cleveland e coautor da pesquisa. Segundo ele, a espécie é significativa porque preenche um intervalo de 20 milhões de anos entre a origem desses dinossauros na Ásia e sua primeira aparição na América do Norte. 

Cientistas da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e do Japão acreditam que o animal tenha vivido há cerca de 103 milhões de anos atrás. O Koreaceratops tinha cerca de 1,67 m de altura e pesava entre 27 kg e 45 kg. A espécie era bem menor do que o gigante Triceratops, que perambulava pela América do Norte e pesava 5,9 toneladas. 

A criatura tinha um bico similar ao de um papagaio em uma mandíbula com muitos dentes. O animal também possuía uma cauda longa que pode tê-lo ajudado a nadar. "Eles podem ter usado a cauda também para reconhecimento de espécies ou seleção sexual", acrescentou Ryan. 

Segundo Ryan, os animais chegaram da América do Norte à Ásia através de uma longa e lenta caminhada.

 Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

sábado, 4 de dezembro de 2010

Descoberta de bactéria sugere que base da vida pode ser variável Universo afora


 Entre tantas cenas memoráveis de "ET - O Extraterrestre", do velho Spielberg, há uma que comove os corações mais nerds: descobre-se que o pequeno alienígena tem DNA, mas com seis "letras" químicas, em vez de quatro, como ocorre na Terra.

A descoberta anunciada na quinta-feira pela Nasa talvez seja ainda mais radical que a do filme. Não é todo dia que um elemento químico antes barrado no seleto grupo de átomos cruciais para a vida acaba passando no teste --caso do "venenoso" arsênio. 


e fato, as implicações disso têm um quê de ficção científica --uma das especulações mais comuns entre os autores do ramo é que certos ETs tenham silício no lugar de carbono em suas moléculas. A grande questão é saber se a química da vida é contingente ou necessária.

Em termos menos filosóficos: se o DNA, as proteínas e outras moléculas biológicas são do jeito que são por causa da maneira particular, casual, pela qual a vida evoluiu por aqui ou se as características delas são essenciais para qualquer ser vivo, em qualquer canto do Universo.

No segundo caso, achar vida fora da Terra depende essencialmente de achar outras "Terras" pelo Cosmos. A lenga-lenga de sempre: planetas com água no estado líquido, atmosferas relativamente espessas, rochosos etc. Mas a bactéria do lago Mono pode indicar um Universo bem mais fértil do que se poderia esperar.

Afinal, se a química da vida terráquea é versátil a ponto de trocar um átomo dito essencial por um "primo" na tabela periódica, deixa de ser absurdo cogitar que outras situações como essa estejam acontecendo dentro ou fora do Sistema Solar.

Que tais coisas aconteçam neste planeta é um tributo a outra frase de Spielberg, em "Parque dos Dinossauros": "Life finds a way" ("a vida dá um jeito").

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia