quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ausência de antibióticos eficazes para ‘superbactérias’ preocupa especialistas

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que obriga farmácias a reterem receitas de antibióticos, cujo uso indiscriminado é apontado como um fator para o fortalecimento das chamadas “superbactérias”.

E, para evitar contaminações pela KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), que seria responsável por pelo menos 18 mortes no Distrito Federal e se tornou resistente a antibióticos, a Anvisa obrigará hospitais e clínicas a colocar recipientes de álcool em gel em suas dependências.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil, no entanto, alertam para um problema que vai além da contaminação: a produção de medicamentos para o tratamento das vítimas.

Só no Distrito Federal, região mais atingida do país, a Secretaria da Saúde local contabilizou 194 casos de KPC até 22 de outubro. Mas a superbactéria está restrita aos hospitais e não deve causar epidemias, segundo especialistas consultados.

Superbactérias semelhantes têm sido identificadas em outros lugares. O caso mais recente a ganhar repercussão mundial é do NDM-1, enzima que fortalece as bactérias perante medicamentos usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.

Muitos especialistas relativizam a possibilidade de superbactérias se tornarem uma calamidade global, mas advertem para sua rápida proliferação.

O cientista afirma que não há formas de controlar o surgimento de bactérias resistentes. Elas sempre encontram um jeito de superar os medicamentos.

Para aumentar o controle sobre seu uso, a Anvisa determina, na resolução publicada nesta quinta-feira, que a farmácia retenha a primeira via da receita do medicamento, sob pena de multa e interdição se não o fizer. A segunda via da receita é carimbada e devolvida ao paciente.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

Nova espécie de macaco espirra em dias chuvosos

A descoberta de uma nova espécie animal é um acontecimento por si só. Mas o mais novo membro do grupo chama a atenção pela peculiar anatomia: o nariz voltado para cima faz com que ele espirre em dias de chuva. 

A descoberta, feita por uma equipe internacional de primatólogos, será noticiada pela "American Journal of Primatology". 

Caçadores que viram o animal antes do início das expedições de busca disseram que ele tinha lábios proeminentes e narinas voltadas para o alto. 

O pesquisador Thomas Geissmann descreve o primata como tendo corpo negro e pelos brancos nas áreas da orelha, queixo e órgãos sexuais. Já o comprimento do rabo supera o próprio corpo do bicho: é 140% maior. 

O novo achado agora reconhecida pela ciência recebeu o nome de Rhinopithecus strykeri, uma homenagem a Jon Stryker, presidente e fundador da Fundação Arcus, que apoia o projeto. O animal já era conhecido em Mianmar e era chamado pelo nome de "nwoah mey", ou o mesmo que "macaco com rosto voltado para cima". 

Segundo a população local, os animais são fáceis de encontrar em dias de chuva, já que provoca espirros. Por causa da característica peculiar, eles costumam sentar com suas cabeças entre as pernas para evitar que a água entre diretamente para as narinas. 

Espécies de macacos com nariz chato são encontradas também na China e no Vietnã, e todos estão classificados como em extinção. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia

Mundo vai ter 30 mil genomas decifrados até o fim de 2011

O ritmo vertiginoso com que os computadores ficam mais rápidos chegou ao mundo do sequenciamento (leitura) de DNA. No ano passado, havia menos de dez genomas humanos decifrados. Quando 2011 terminar, serão mais de 30 mil -por baixo. 

A estimativa, considerada conservadora, foi feita pela revista científica "Nature" após ouvir mais de 90 centros de pesquisa genômica mundo afora. Só até o fim deste mês, a conta deve chegar a 2.700 genomas.

Um artigo científico na "Nature" desta semana serve como um aperitivo do que está por vir. Um consórcio internacional, o Projeto 1.000 Genomas, coordenado por David Altshuler, do Hospital Geral de Massachusetts (EUA), publica dados do genoma de 179 indivíduos dos cinco continentes. 

A batelada de pessoas incluídas na pesquisa tem uma justificativa simples: achar variantes raras de DNA. A questão é que, embora pareça haver um componente genético forte em problemas comuns, como diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares, é quase impossível achar genes associados a esse tipo de doença. 

Os pesquisadores apostam que isso se deve ao fato de que o risco genético de tais doenças vem de uma miríade de mutações raras, cuja ação se soma e acaba desembocando na tendência hereditária a dado problema. 

O consórcio internacional parece ter dado um passo importante para colocar a ideia à prova: eles identificaram 8 milhões de trocas de uma única "letra" química de DNA, até então desconhecidas, bem como 1 milhão de pequenas adições ou inserções de "letras" no genoma. 

Ainda não há leituras de genomas inteiros de indivíduos brasileiros, embora já tenha sido sequenciado o DNA de um tipo de tumor. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amazônia ganha 1 nova espécie a cada 3 dias


A enorme biodiversidade da Amazônia é velha conhecida dos cientistas, mas agora eles estão mais próximos de quantificá-la. Um novo relatório mostra que, entre 1999 e 2009, foram registradas 1.222 novas espécies na região --o equivalente a um novo achado a cada três dias. 

Isso significa que, sozinha, a floresta amazônica revelou mais espécies do que a soma de outros biomas reconhecidamente biodiversos, como Bornéu e a bacia do rio Congo, no mesmo período. Entre as novidades estão tipos de piranhas, macacos, papagaios, sapos, um boto-cor-de-rosa e até uma gigantesca sucuri. Os dados estão no relatório "Amazônia Viva!", que acaba de ser lançado pela ONG WWF. 

O documento compila dados de oito países e da Guiana Francesa (território francês), locais por onde se estende o bioma amazônico. O resultado só considera os vertebrados. De acordo com o relatório, "milhares de invertebrados documentados" ficaram de fora. 

O Brasil, país que tem a maior "fatia" da floresta, destacou-se com seus primatas. Das sete novas espécies, seis estão em território nacional. Contando com eles, foram registrados 39 mamíferos. Na Bolívia, foram encontradas novas espécies de botos, que se distinguiriam de seus "parentes" brasileiros por terem corpo e cabeça menores, além de mais dentes. 

As plantas são responsáveis pela maior parte das novas espécies. Foram 637 na última década.
Os peixes vêm atrás, com 257 novos registros. Também foram contabilizados 216 novos anfíbios, 55 répteis e outras 16 aves. Apesar de recém-descobertas, muitas das novas espécies já estão em perigo. A pressão da agricultura, a expansão da pecuária e a construção de grandes hidrelétricas na região ameaçam o habitat de espécies que dependem de um frágil equilíbrio para sobreviver. 

É o caso do Coendou roosmalenorum, um minúsculo ouriço encontrado nas margens do rio Madeira, em Rondônia. O bichinho foi descoberto durante uma expedição de resgate de fauna na área, afetada pela construção da hidrelétrica Samuel.

O relatório completo estará disponível para o público no site da WWF-Brasil, em inglês e em português. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia

Abelhas fazem cálculos complexos para determinar rota mais curta de voo

Abelhas podem solucionar problemas matemáticos complexos, superando até a capacidade de computadores para cálculos. 

Esse é o cerne de um estudo desenvolvido por cientistas do departamento de ciências biológicas, a Royal Holloway, da Universidade de Londres, no Reino Unido. 

Os insetos aprendem a pegar a rota mais curta para chegar até as flores que costumam ser encontradas aleatoriamente pelo caminho. Ou seja, a que economiza tempo e poupa gasto de energia, um dos princípios da questão matemática conhecida como "problema do caixeiro-viajante" ("traveling salesman problem", em inglês).

"Apesar de seu pequeno cérebro, elas são capazes de façanhas extraordinárias", comenta Nigel Raine, que participou da pesquisa. 

A conclusão foi possível com a ajuda de um computador que controlou flores artificiais para identificar o comportamento das abelhas. 

A ideia era mostrar se os insetos seguiam uma rota comum conforme encontravam as flores ou se procuraram instintivamente a mais curta. Depois de explorar o região florida, elas rapidamente tendem a voar pela rota mais curta. 

Os dados do estudo serão publicados no jornal "The American Naturalist" ainda nesta semana. 

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia

Bichos 'congelados' em âmbar ajudam a contar história da Índia

Insetos preservados nos mínimos detalhes em âmbar, encontrados em Gujarat, oeste da Índia, ajudam a mostrar que o subcontinente indiano, no passado remoto, foi menos isolado do que se acreditava anteriormente.

Com cerca de 50 milhões de anos, o âmbar (grosso modo, seiva petrificada de árvores) é famoso pela capacidade de impedir a deterioração dos restos orgânicos que recobre, propriedade que foi explorada até na ficção pelos filmes da série "Parque dos Dinossauros". No caso, a equipe liderada por Jes Rust, da Universidade de Bonn, na Alemanha, conseguiu isolar mais de 100 espécies do interior das formações de âmbar de Gujarat, e encontrou associações surpreendentes entre os bichos indianos e os de outros continentes.

Acontece que, para muitos pesquisadores, a Índia teria passado cerca de 100 milhões de anos de isolamento, após se separar do supercontinente conhecido como Gondwana, do qual também fazia parte a América do Sul. O isolamento só teria terminado há 50 milhões de anos, quando a ilha-continente indiana trombou com a Ásia. 

No entanto, as espécies achadas no âmbar têm parentesco, por exemplo, com as do norte da Europa na mesma época, indicando que, na época em que houve o choque da Índia com a Ásia, já teriam acontecido outros contatos com continentes, quebrando o isolamento indiano. A pesquisa está na revista científica "PNAS". 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia

domingo, 24 de outubro de 2010

Nasa fotografa momento em que supermancha solar lança labaredas no espaço

A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou nesta quinta-feira em seu site a imagem da supermancha solar batizada de 1112, no exato momento em que lançava labaredas no espaço.

Até hoje, nenhuma explosão produziu uma ejeção expressiva de massa coronal (partículas de altas energias) em direção ao planeta Terra. 

Outro dado importante é a existência de um grande filamento magnético cortando o hemisfério sul do Sol. Ele é tão extenso, que ultrapassa a distância que separa a Terra da Lua --cerca de 380 mil quilômetros. 

É possível identificar um ponto brilhante um pouco acima do filamento --a radiação ultravioleta da supermancha solar. Se ocorresse uma explosão, toda a estrutura entraria em erupção.

Observação do cometa Hartley 2 esbarra em condições não muito favoráveis no Brasil

Uma notícia nada boa para quem perdeu o Hartley 2 na madrugada desta quinta-feira: as condições para observar o cometa no Brasil estão tampouco favoráveis.

O professor Roberto Costa, do Departamento de Astronomia da USP, explica que o cometa se move lentamente e poderá ser visto até o início de novembro, mas uma combinação de fatores pode estragar a festa dos observadores brasileiros.

Pela sua localização, o Hartley 2 é mais visível em países do hemisfério Norte. Ele também é semelhante a uma estrela fraca e sua observação é difícil. E, por fim, nesta sexta-feira começa a fase da lua cheia, o que dificultará a visualização do objeto. 

O dia mais propício para ver o cometa é na próxima quinta-feira (28), quando estará mais próximo do Sol e seu corpo celestre alcançará seu brilho máximo. 

O professor recomenda usar um tripé junto com o telescópio doméstico para melhor observar o cometa, que estará na constelação Auriga (ou Cocheiro) até o dia 25 e na de Gêmeos depois dessa data. De acordo com ele, o horário indicado é por volta da meia-noite. 

Vale lembrar que objetos celestes de pouca luz são difíceis de ver se a pessoa estiver na cidade, por causa da iluminação artificial. Os melhores pontos são fora dos centros urbanos. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia

Nasa capta imagens de restos do cometa Halley

O mais famoso dos cometas, o Halley ainda causa comoção. Com um ciclo de 76 anos a cada visita à Terra, não é preciso esperar até 2061 para vê-lo.

O Halley deixa um rastro de poeira cósmica e gelo chamados meteoroides. Quando pertos da órbita da Terra, colisões acontecem a milhares de quilômetros acima do planeta, dando origem a uma chuva de meteoroides. 

Segundo a Nasa, embora o pico da chuva de meteoroides seja por volta de 21 de outubro, as câmeras da Nasa (agência espacial norte-americana) registraram as imagens de orionideos no último dia 15. 

Como estão na constelação de Órion, recebem o nome de orionídeos e se movem a uma velocidade de 237 km/hora --por causa dessa rapidez, não duram muito e se incendiam na atmosfera. 

A agência afirma que observar os orionideos no céu é fácil, se se estiver longe dos centros urbanos. Cada meteoro que aparece na constelação Órion é um orionídeo que pode ser visto como sendo um pedaço do cometa Halley morrendo no espaço. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Alerta sobre infecções por microorganismos produtor de KPC (superbactéria).

Em função dos últimos registros no País de infecção hospitalar pela enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) batizada de superbactéria, sem notificação de casos na Bahia para os órgãos competentes, a Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde, unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), recomenda aos hospitais que intensifiquem a vigilância, instituam as medidas de prevenção e controle para redução máxima possível das infecções e notifiquem imediatamente os casos ao Núcleo Estadual de Controle de Infecção.

De acordo com diretora de Vigilância Sanitária, Ita de Cácia, a resistência bacteriana é um importante problema de saúde pública, frequente no ambiente hospitalar, não só no Brasil, mas no mundo. Nesse contexto, várias bactérias apresentam habilidade para desenvolver mecanismos de resistência, destacando-se as Enterobacteriaceae.
Nesta família de microrganismos pode haver a produção de uma enzima KPC, um mecanismo emergente de resistência da Klebsiella pneumoniae e também de outros microrganismos, a exemplo da E. Coli, Enterobacter, e que podem causar infecções no trato urinário, respiratório e na corrente sanguínea.
A Sesab recomenda uma vigilância constante pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs), a fim de limitar sua disseminação porque a detecção da KPC confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos.
A secretaria também orienta aos profissionais de saúde a intensificar medidas como a higienização das mãos, as precauções de contato para casos suspeitos ou confirmados de qualquer microrganismo multirresistente, sobretudo por KPC, o uso racional de antimicrobiano, a investigação de casos suspeitos, principalmente avaliação de pacientes transferidos de outro hospital, e a vigilância microbiológica dos casos de infecção hospitalar, sempre que indicado. 

Texto adaptado de: http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SP mapeia moléculas que podem levar a remédio contra doença de Chagas

Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos identificou e mapeou a estrutura de moléculas que podem prejudicar a produção de uma enzima do parasita Trypanosoma cruzi, causador do mal de Chagas. 

As moléculas descobertas podem interferir e interromper o ciclo de vida do parasita.

Segundo a pesquisadora Juliana Cheleski, que fez o estudo, concluído no último mês, o tempo necessário até a produção de medicamentos que atuem contra o parasita, é de, pelo menos, sete anos.

A pesquisadora faz a estimativa em um cenário em que todos os próximos estágios da pesquisa ocorram sem interrupção. "Na média, leva de 10 a 15 anos. Ou menos, cerca de sete anos, depende de quanto dinheiro vem".

A pesquisa foi financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). A próxima fase da pesquisa serão os ensaios sobre toxicidade. O estudo feito até agora teve duração de dois anos.

Por seu ineditismo, a pesquisa ganhou o prêmio Sunset Molecular no 18º European Symposium on Quantitative Structure-Activity Relationships, congresso internacional ocorrido na Grécia em setembro.


sábado, 16 de outubro de 2010

Doenças tropicais negligenciadas afetam ‘silenciosamente’ 1 bilhão de pessoas, diz OMS

Doenças tropicais geralmente negligenciadas, como o mal de Chagas, a lepra, a dengue e a leishmaniose, ainda afetam cerca de 1 bilhão de pessoas em 149 países do mundo, mas de forma “silenciosa”, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O Brasil é apontado no relatório como tendo incidência da maioria das 17 doenças tropicais listadas, que podem causar problemas como cegueira, úlceras e cicatrizes, dor severa, deformidades e danos em órgãos internos e no desenvolvimento físico e mental do paciente.
O relatório afirma, no entanto, que o controle desses males, mais comuns em áreas rurais e em favelas urbanas, é “viável”.
A OMS pede a continuação da ajuda de empresas farmacêuticas no controle das doenças, recomenda que os sistemas públicos de saúde fiquem atentos a mudanças nos padrões das doenças por conta de fatores climáticos e ambientais e sugere a coordenação entre agentes de saúde pública e agentes veterinários – para controlar a incidência de raiva, por exemplo.
O órgão lista “sucessos” no controle de males, como a erradicação da doença conhecida como “verme da Guiné”, não por conta de vacinas, “mas por educação em saúde e por mudanças comportamentais”.
“Essas doenças debilitantes, às vezes horríveis, são muitas vezes aceitas como parte da vida das pessoas pobres”, diz Margareth Chan, diretora-geral da OMS. “Mas estratégias podem quebrar o ciclo da infecção, da deficiência e da perda de oportunidades que mantém as pessoas na pobreza.”
O Brasil apresenta incidência de males tropicais como dengue, mal de Chagas, raiva, conjuntivite granulosa, leishmaniose, cisticercose, esquistossomose, tênia, hidática policística e “cegueira dos rios".
O relatório diz que o Brasil vivenciou um aumento nos casos de leishmaniose desde 1999. A doença, antes mais comum nas zonas rurais, “agora também aparece em áreas urbanas”, por conta da migração de pessoas do campo às periferias das cidades.
“No Brasil, os cães são o hospedeiro do parasita” da leishmaniose, que provoca, entre outros problemas, febre, fraqueza e anemia.
No caso da dengue, a OMS afirma que a doença ressurgiu na América Latina porque as medidas de controle não foram mantidas após a campanha para erradicar o Aedes aegypti, seu principal vetor, durante os anos 1960 e 70. “Grandes surtos acontecem atualmente a cada três ou cinco anos”, afirma o relatório.



Texto adaptado de: http://www.bbc.co.uk

Palato congelado explica dor de cabeça repentina ao tomar sorvete



A "dor de cabeça do sorvete" pode não soar como um assunto para pesquisas sérias, mas é algo intrigante e corriqueiro o suficiente para ter gerado diversos estudos na literatura médica.

O fenômeno, também conhecido como "congelamento do cérebro", ocorre quando uma substância muito fria toca a parte posterior do palato, causando uma rápida contração e dilatação dos vasos sanguíneos na cabeça. Segundo alguns estudos, isso faz com que os receptores de dor estimulem o nervo trigêmeo, o maior condutor de informações sensoriais do rosto ao cérebro, resultando numa dor aguda no rosto ou na cabeça.

Mas isso pode não afetar a todos. Pesquisadores descobriram que apenas um terço da população passa pelo fenômeno e que, apesar do mito originado em estudos anteriores, ele não ocorre somente em dias quentes.

Num relatório publicado em 2002 na revista britânica "BMJ", um cientista da Universidade McMaster, no Canadá, conduziu um estudo envolvendo 145 alunos do ensino médio durante dois meses do inverno. Todos eles --para seu deleite-- receberam porções moderadas de sorvete. Alguns foram aleatoriamente instruídos a consumi-lo lentamente, enquanto outros tinham de devorá-lo em cinco segundos ou menos.

Cerca de 30% dos estudantes no grupo de "alimentação acelerada" tiveram a dor de cabeça, frente a 13% do grupo de "alimentação cautelosa".

O estudo afirmou: "Ao contrário de estudos anteriores, nossos resultados sugerem que a dor de cabeça do sorvete pode ser induzida no clima frio, mesmo entre aqueles que consomem seu sorvete num ritmo lento”.

Alguns estudos indicam que pessoas que sofrem de enxaqueca podem ser mais inclinadas às dores de cabeça induzidas pelo frio, embora outros tenham contestado essa descoberta.

A conclusão: a dor de cabeça do sorvete pode ocorrer tanto em climas quentes quanto frios. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/814380

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Butantan usa veneno de peixe para combater asma


Uma droga desenvolvida a partir do veneno de um peixe chamado niquim, também conhecido como peixe-sapo (encontrado nas regiões Norte e Nordeste do país) é a nova descoberta do Instituto Butantan no combate à asma. 

E com a vantagem de não apresentar os mesmos efeitos colaterais dos corticoides, medicamentos mais usados hoje contra a doença. As informações são da Agência Brasil.

"Hoje, o principal medicamento utilizado para a asma são os corticoides, que são muito bons, mas que não podem ser usados continuamente por causa dos efeitos colaterais. A vantagem do nosso é que é um produto natural, fácil de ser feito, brasileiro, e sem os efeitos colaterais'', disse Monica Lopes Ferreira, uma das responsáveis pela pesquisa.

Há 14 anos Monica pesquisa o veneno de peixes no Butantan, em São Paulo. Há quatro anos, dedica-se especialmente a analisar a composição do veneno do niquim e sua atuação em camundongos, descobriu a presença de um pequeno componente, chamado peptídeo, que tem função anti-inflamatória.

"Ele pode não só prevenir a asma, como tirar o paciente da crise. Isso já está sob patente no Brasil e em outros oito países'', afirmou.

"A asma é uma doença inflamatória, controlada geneticamente e que recebe muita influência ambiental. Então, a poluição exacerba a inflamação asmática'', explicou Carla Lima, doutora pela USP na área de imunologia.

Segundo ela, o número de pessoas que sofrem com asma vem crescendo muito nos últimos 20 anos no país, principalmente por causa de fatores como a poluição. "No Brasil, há cerca de 15 milhões de pessoas sofrendo com asma, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.''

A pesquisa sobre a nova droga aguarda agora a fase de testes clínicos -que serão realizados pela indústria farmacêutica- para poder finalmente chegar ao mercado.

"A parte científica, que envolvia todas as descobertas e o mecanismo de ação, já foi feita no Instituto Butantan. A segunda parte é uma parceria com o laboratório Cristália, que fará os testes clínicos e irá agora (analisar) de que maneira ela (a droga) será utilizada -se será comprimido ou aerosol. Só depois dessa etapa é que ela poderá ser comercializada'', afirmou Monica.

De acordo com a pesquisadora, a droga poderá ser lançada no mercado em prazo de três anos se houver grande investimento por parte do laboratório.


Texto adaptado de: http://jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=6&n=2647

Líder em genômica diz que fomos ingênuos sobre potencial de sequenciamento do DNA


Um dos grandes líderes da pesquisa com genoma humano no mundo, Eric Green, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (EUA), fez, em visita ao Brasil, um mea-culpa pelas promessas não cumpridas do genoma humano.

Dez anos após o sequenciamento ser apresentado, ele reconhece que analisar os dados levantados e relacionar determinados genes a determinadas doenças se mostrou algo difícil de fazer.

É necessário, diz ele, rever a fala do seu colega Francis Collins, na apresentação da sequência do genoma humano, em 2000. Na época, Collins dizia que, em dez anos, testes genéticos diagnosticariam câncer, Alzheimer e diabetes. Não aconteceu.

"Nós realmente acreditávamos nisso. Mas não ter acontecido não significa que exista algo errado com o nosso campo", diz Green, que esteve no Brasil para o Simpósio Avanços em Pesquisas Médicas, da USP.

"Se você olhar para os avanços médicos na história, dificilmente você vai encontrar algo que deixou de ser uma descoberta científica básica e realmente mudou a prática da medicina em uma década", comenta o cientista.

"São sempre 20, 30, 40 anos antes de você conseguir isso. Se tivéssemos sido lembrados disso há dez anos, provavelmente teríamos visto tudo de maneira diferente."

Além das interações entre genoma e doenças terem se mostrado complexas, Green lembra que há uma limitação de recursos humanos. "Não há gente jovem suficiente treinada tanto em computação quanto em biologia, e precisamos de gente boa nas duas áreas."





terça-feira, 12 de outubro de 2010

Começam nos EUA testes inéditos com células-tronco em humanos

Começaram nos Estados Unidos os primeiros testes oficiais do mundo feitos com células-tronco embrionárias humanas, com aval de reguladores estatais.

Em Atlanta, médicos estão usando as células-tronco para tratar lesões severas na coluna vertebral, após autorização da FDA, agência governamental americana que regula medicamentos e alimentos. Os médicos informaram que já têm um paciente para os testes iniciais.

A técnica envolve a retirada de células de minúsculos embriões humanos, que têm o potencial de se converter em diferentes tipos de células do corpo, inclusive no sistema nervoso.

Durante os testes, serão injetadas células-tronco na coluna vertebral dos pacientes, para avaliar se o procedimento é seguro.

Nos estudos realizados com animais, camundongos com paralisia recuperaram alguns movimentos. Mas ainda não se sabe se o método trará benefícios a seres humanos, conforme relata a repórter de saúde da BBC News, Michelle Roberts.

A cada ano, cerca de 12 mil pessoas sofrem lesões na coluna nos Estados Unidos. As causas mais comuns são acidentes automobilísticos, quedas, tiros e lesões esportivas.

Nos testes de Altanta, pacientes que se lesionaram nos 14 dias anteriores ao estudo receberão o tratamento experimental.

A empresa responsável pelos testes, Geron Corporation, defende que a técnica pode no futuro ajudar a regenerar células nervosas em pacientes com paralisia.

Já críticos do método consideram-no um experimento com seres humanos e pedem que seja banido.

O presidente da empresa, Thomas Okarma, comemorou a autorização para iniciar os testes. “Quando começamos a trabalhar com células-tronco embrionárias, em 1999, muitos imaginaram que se passariam décadas até que uma terapia celular fosse aprovada para testes clínicos humanos.”

Mas é possível que a confirmação de que o tratamento é seguro – e eficiente – ou não só venha depois de anos de testes rigorosos.

Chris Mason, especialista em medicina regenerativa da Universidade College London, disse que pesquisadores britânicos pretendem seguir os passos de seus colegas americanos e começar testes no ano que vem com células-tronco, para combater uma degeneração celular que causa cegueira.

O governo dos Estados Unidos atualmente briga na Justiça para permitir o financiamento público de pesquisas com células-tronco.

No mês passado, um tribunal de recursos do país suspendeu uma decisão judicial prévia que proibia pesquisas com células-tronco embrionárias financiadas com verbas do governo federal.


Texto adaptado de:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/10/101011_celulas_tronco_pai.shtml

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bebê nasce de embrião congelado há quase 20 anos

Cientistas americanos conseguiram que uma mulher de 42 anos tivesse um filho saudável a partir de um embrião que permaneceu congelado por quase 20 anos.

A técnica foi aplicada no Instituto Jones de Medicina Reprodutiva, da Escola de Medicina de Eastern Virginia, em Norfolk, na Virgínia.
A mulher que recebeu os embriões havia registrado uma baixa reserva ovariana, ou seja, baixo estoque de óvulos disponíveis, e fazia tratamento de fertilização havia dez anos.

Os médicos descongelaram cinco embriões que haviam sido doados anonimamente por um casal que realizara o tratamento de fertilização na clínica 20 anos antes.

Dos embriões descongelados, dois sobreviveram e foram transferidos para o útero da paciente. Ao fim de uma única gravidez, a mulher deu à luz um garoto que nasceu saudável.

O caso foi relatado em um artigo científico na publicação especializada Fertility and Sterility, da Sociedade Americana para a Medicina Reprodutiva.

A equipe, liderada pelo pesquisador Sergio Oehninger, disse que não conhece nenhum caso de gravidez em que um embrião humano tenha permanecido tanto tempo congelado – 19 anos e sete meses.

O congelamento suspende biologicamente o envelhecimento das células, e os cientistas defendem que um embrião pode permanecer neste estado por décadas.

Ate agora, o maior tempo que um embrião permaneceu congelado antes de ser transferido para o útero e gerado um bebê foi 13 anos, em um caso na Espanha.

No Brasil, o recorde é de uma mulher do interior de São Paulo que deu à luz um bebê nascido de um embrião que ficara congelado por oito anos.

Há ainda casos de pacientes que congelam suas células reprodutivas com fins terapêuticos, antes de tratamentos que podem deixá-los estéreis.

Em 2004, um casal teve um filho a partir de esperma que havia permanecido congelado por 21 anos.

Nesse caso, o pai tinha congelado espermatozoides aos 17 anos de idade, antes de começar a tratar um câncer de testículo com radioterapia e quimioterapia, que o deixaram sem capacidade reprodutiva.


Texto adaptado de: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/10/101011_embriao_congelado_pu.shtml

domingo, 10 de outubro de 2010

Brasil pode travar acordo global de biodiversidade

O Brasil chegará à Conferência da Biodiversidade de Nagoya, que começa neste dia 18, exigindo pelo menos US$ 1 bilhão por ano dos países ricos para a proteção da fauna e da flora até 2020.

Também demandará a aprovação de um acordo, há muito protelado, que estabelece pagamento pelo uso da diversidade biológica pelas indústrias de alimentos, fármacos e cosméticos. 

Sem dinheiro na mesa e sem o protocolo, o país deve travar as negociações da COP-10 (10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica), nome oficial da reunião do Japão. 

Isso significa não apoiar os dois pontos que os anfitriões estabeleceram como objetivos da conferência: a redefinição de metas para proteção dos ecossistemas até 2020 e a criação de um painel científico para avaliar o conhecimento sobre a biodiversidade --o IPBS, uma espécie de IPCC biológico.
Para o Brasil, ou Nagoya aprova o pacote completo ou não aprova nada. 

Assinada em 1992 no Rio, a Convenção sobre Diversidade Biológica, ou CBD, teve destino bem diverso do de seu acordo gêmeo, a Convenção do Clima. 

Enquanto esta produziu um mecanismo de implementação --o Protocolo de Kyoto-- e ganhou à atenção da opinião pública, a CBD jamais conseguiu ser plenamente posta em vigor. 

Sua frouxa meta de "reduzir significativamente" a perda de biodiversidade até 2010, acordada em 2002 em Johannesburgo, não foi cumprida por nenhum de seus 193 signatários. 

Isso se deve em parte à própria complexidade da convenção, que precisa lidar com temas tão diversos quanto unidades de conservação, repartição de benefícios para comunidades tradicionais e transgênicos.
A agenda do clima também acabou "sequestrando" a da biodiversidade. A proteção às florestas acabou "pulando" para o debate climático, na forma do Redd (mecanismo de redução de emissões por desmatamento). 

Hoje o Redd conta com US$ 4 bilhões, enquanto o GEF (Fundo Ambiental Global), criado na Eco-92 para financiar a CBD, tem apenas US$ 300 milhões. 


Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/812553-brasil-pode-travar-acordo-global-de-biodiversidade.shtml

Flor japonesa pode ter o maior genoma já encontrado, diz cientista

O que parecer ser uma flor branca comum pode carregar um conteúdo extraordinário em suas pétalas: o mais longo genoma já encontrado. 

Pesquisadores do Jardim Botânico Kew, em Londres, anunciaram na quinta-feira a descoberta na flor Paris japonica, que supera o recorde do peixe pulmonado africano (nome científico, Protopterus aethiopicus). "Estamos realmente surpresos", disse a pesquisadora Ilia Leitch, do laboratório de Kew. 

Leitch e equipe suspeitam que a planta pode ter um código genético equivalente a 91 metros. 

O genoma é um conjunto completo do DNA de um ser vivo. O comprimento de um genoma é tipicamente medido pelo número de bases que possui, sendo cada par a base de um DNA. 

Para termos comparativos, o genoma humano tem cerca de 3 bilhões de bases e mede aproximadamente 1,8 metro de extensão. No caso do peixe pulmonado africano, há 130 bilhões de bases. Na flor, esse número é maior: 150 bilhões distribuídos em 30 centímetros. 

Os geneticistas dizem que o achado mostra como é diverso o código genético --o minúsculo parasita de mamíferos Encephalitozoon intestinalis carrega aproximadamente 2.300 bases.
Não é claro, contudo, por que as variações ocorrem, e grandes genomas não significam necessariamente um organismo mais complexo. Certos genes levam a algumas características, como a cor loira dos cabelos, e outros não. 

Ela acrescenta que geneticistas ainda discutem por que alguns seres possuem DNAs não codificados, e que a flor Paris japonica pode colaborar com o debate. "É uma pergunta que tem intrigado os cientistas há tempo", completa.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/811952-flor-japonesa-pode-ter-o-maior-genoma-ja-encontrado-diz-cientista.shtml

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Coquetel de aminoácidos estende vida e melhora coordenação, mostra estudo

Além de prolongar a vida de ratos, coquetel melhorou condicionamento físico e coordenação dos animais

Um coquetel de aminoácidos, substâncias que formam as proteínas, pode estender o tempo de vida em 12%. O experimento, realizado nas universidades de Milão e de Pavia, na Itália, ainda não foi testado em humanos, mas ratos que receberam água contendo leucina, isoleucina e valina viveram mais do que os não tratados --respectivamente, 869 dias contra 774. 

Segundo o pesquisador Enzo Nisolin, da Universidade de Milão, o coquetel também melhorou o condicionamento físico e a coordenação dos animais.  

O suprimento energético para as células aumentou, com a produção de mais mitocôndridas --estruturas celulares que geram energia--, e os danos causados por radicais livres diminuíram.

No estudo, publicado no jornal "Cell Metabolism", os pesquisadores afirmam que a descoberta poderá ser usada na prevenção e no controle de doenças humanas relacionadas à idade, principalmente problemas cardíacos e pulmonares. 

Leucina, isoleucina e valina fazem parte do grupo de 20 aminoácidos que compõem as proteínas, e são conhecidas como "aminoácidos de cadeia ramificada" (BCAAs, na sigla em inglês). Elas são utilizadas por praticantes de musculação para conservar o tecido muscular.


Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/811332-coquetel-de-aminoacidos-estende-vida-e-melhora-coordenacao-mostra-estudo.shtml

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Meio Ambiente

Hungria diz que limpeza de lama tóxica deve demorar um ano

A mistura de água e resíduos químicos, incluindo metais pesados, escapou após o rompimento de um reservatório e se espalhou pelo oeste da Hungria.

Cerca de 700 mil metros cúbicos de lama escaparam da usina, que fica a 160 km da capital Budapeste. Sete mil pessoas já foram afetadas pelo desastre.

Pelo menos 390 moradores foram retirados de suas casas e 110 foram resgatados de locais inundados, de acordo com o Diretório Nacional Geral para Administração de Desastres da Hungria (NDGDM). Outras seis pessoas estão desaparecidas.

O derramamento de lama já é considerado o maior acidente químico da história do país.

Equipes de emergência estão tentando evitar que o material tóxico, que escorreu da usina química, chegue até os principais rios do país, incluindo o Rio Danúbio.

A Hungria declarou estado de emergência em três municípios na última terça-feira, quando o material se espalhou. Três pessoas já morreram e 120 ficaram feridas.

O ministro do Meio Ambiente, Zoltan Illes, disse à BBC que o governo deve precisar de assistência técnica e financeira da União Europeia para limpar as sete vilas e cidades em estado de emergência.

Em comunicado oficial, a empresa MAL Rt, responsável pelas instalações, disse que a última inspeção feita no reservatório não detectou sinais de perigo. Eles afirmaram ainda que, pelos padrões europeus, a lama não era considerada perigosa.

No entanto, o prefeito da cidade de Devecser, Tamas Toldi, declarou que cerca de 90 pessoas foram enviadas ao hospital local com queimaduras químicas. Em Devecser, a lama chegou a dois metros de profundidade.


Texto adaptado de:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/10/101005_hungria_lama_enchente_cc.shtml