Em função dos últimos registros no País de infecção
hospitalar pela enzima Klebsiella
pneumoniae carbapenemase (KPC) batizada de superbactéria, sem notificação
de casos na Bahia para os órgãos competentes, a Superintendência de Vigilância
e Proteção da Saúde, unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab),
recomenda aos hospitais que intensifiquem a vigilância, instituam as medidas de
prevenção e controle para redução máxima possível das infecções e notifiquem
imediatamente os casos ao Núcleo Estadual de Controle de Infecção.
De acordo com diretora de Vigilância Sanitária,
Ita de Cácia, a resistência bacteriana é um importante problema de saúde
pública, frequente no ambiente hospitalar, não só no Brasil, mas no mundo.
Nesse contexto, várias bactérias apresentam habilidade para desenvolver
mecanismos de resistência, destacando-se as Enterobacteriaceae.
Nesta família de microrganismos pode haver a
produção de uma enzima KPC, um mecanismo emergente de resistência da Klebsiella pneumoniae e também de outros
microrganismos, a exemplo da E. Coli, Enterobacter,
e que podem causar infecções no trato urinário, respiratório e na corrente
sanguínea.
A Sesab recomenda uma vigilância constante pelas
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs), a fim de limitar sua
disseminação porque a detecção da KPC confere resistência aos antimicrobianos
carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos.
A secretaria também orienta aos profissionais de
saúde a intensificar medidas como a higienização das mãos, as precauções de
contato para casos suspeitos ou confirmados de qualquer microrganismo
multirresistente, sobretudo por KPC, o uso racional de antimicrobiano, a
investigação de casos suspeitos, principalmente avaliação de pacientes
transferidos de outro hospital, e a vigilância microbiológica dos casos de
infecção hospitalar, sempre que indicado.
Texto adaptado de: http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias