Uma pesquisa
desenvolvida no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) de São
Carlos identificou e mapeou a estrutura de moléculas que podem prejudicar a
produção de uma enzima do parasita Trypanosoma cruzi, causador do mal de Chagas.
As
moléculas descobertas podem interferir e interromper o ciclo de vida do
parasita.
Segundo a pesquisadora
Juliana Cheleski, que fez o estudo, concluído no último mês, o tempo necessário
até a produção de medicamentos que atuem contra o parasita, é de, pelo menos,
sete anos.
A pesquisadora faz a estimativa em um cenário em
que todos os próximos estágios da pesquisa ocorram sem interrupção. "Na
média, leva de 10 a 15 anos. Ou menos, cerca de sete anos, depende de quanto
dinheiro vem".
A pesquisa foi financiada pela Fapesp (Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). A próxima fase da pesquisa serão
os ensaios sobre toxicidade. O estudo feito até agora teve duração de dois
anos.
Por seu ineditismo, a pesquisa ganhou o prêmio
Sunset Molecular no 18º European Symposium on Quantitative Structure-Activity
Relationships, congresso internacional ocorrido na Grécia em setembro.