sexta-feira, 11 de março de 2011
Tsunami forma redemoinho na costa do Japão
O violento tsunami iniciado pelo terremoto
de 8,9 pontos de magnitude desta sexta-feira formou um enorme redemoinho
próximo à costa leste do Japão.
As imagens aéreas mostram como o turbilhão arrasta
tudo, inclusive uma lancha, para o seu vértice.
Um especialista entrevistado pela BBC afirmou que o
fenômeno provavelmente foi provocado pel encontro das águas do tsunami com
alguma outra força, como uma forte corrente, por exemplo.
O alerta de tsunami foi extendido inicialmente
às Filipinas, Indonésia, Taiwan, à costa da Rússia no pacífico e ao Havaí.
O epicentro do terremoto foi a 400 quilômetros da
capital Tóquio, numa profundidade de mais de 30 km.
O tremor, considerado o maior da história do país,
aconteceu às 14h46m no horário local, 2h46m, em Brasília.
Terremoto no Japão é 7º mais forte da história
O terremoto
de magnitude 8,8 ocorrido nesta sexta-feira no Japão já é considerado o sétimo
mais intenso já registrado na história, de acordo com dados do governo dos
Estados Unidos.
Segundo informações do
programa de ameaça de terremotos da agência geológica americana (USGS, na sigla
em inglês), o mais forte terremoto da história ocorreu em 22 de maio de 1960,
em Valdívia (Chile), com magnitude 9,5.
Este tremor matou 2 mil
pessoas e gerou um maremoto com ondas de até 10 metros. As ondas apagaram do
mapa cidades inteiras na costa chilena e fizeram vítimas também em outros
países banhados pelo Oceano Pacífico.
O segundo maior terremoto
já registrado ocorreu no Alasca (EUA), em 27 de março 1964: um abalo de
magnitude 9,2 fez 15 vítimas fatais e gerou um tsunami que matou outras 128
pessoas. Seu epicentro foi na região de Prince William Sound, no sul do Alasca.
A ilha de Sumatra, na
Indonésia, registrou em 26 de dezembro de 2004 um terremoto de magnitude 9,1,
causando um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países da região. O tremor
ocorreu a 30 quilômetros de profundidade no Oceano Índico.
Em 4 de novembro de 1952,
um abalo de magnitude 9,0 na península de Kamchatka, extremo oeste da Rússia,
gerou ondas gigantes que chegaram até o Havaí, causando prejuízos financeiros
de até US$ 1 milhão, mas nenhuma vítima fatal.
Também de magnitude 9,0,
dois grandes terremotos abalaram a região de Arica, fronteira entre Peru e
Chile, em 13 de agosto de 1868. Diversas cidades foram afetadas pelas ondas
causadas pelo tremor, que vitimou cerca de 25 mil pessoas.
Outro terremoto de
magnitude 9,0 ocorreu em 26 de janeiro de 1700 em uma região de cerca de 1.000
km na costa noroeste da América do Norte, entre os Estados Unidos e o Canadá. O
tsunami que se seguiu chegou até o Japão. Não há estimativa de vítimas.
Em sétimo lugar, fica o
tremor de magnitude 8,8 (segundo medição da Agência Meteorológica do Japão) que
atingiu o Japão por volta das 15h (horário local) de 11 de março de 2011. O
epicentro foi na costa próxima à província de Miyagi, a 373 km de Tóquio.
Dois terremotos na história
tiveram medida uma magnitude de 8,8. Um ocorreu no Chile, em 27 de fevereiro de
2010, matando mais de 800 pessoas e deixando cerca de 20 mil desabrigados. O
epicentro foi a região de Bío-Bío, a cerca de 320 km ao sul de Santiago.
O outro atingiu a costa
entre o Equador e a Colômbia em 31 de janeiro de 1906, matando entre 500 e 1,5
mil pessoas. O tremor chegou a ser sentido em San Francisco (EUA) e no Japão.
Três terremotos já foram
registrados com magnitude 8,7: Em 1º de novembro de 1755, um tremor de
magnitude 8,7 destruiu Lisboa, matando cerca de 70 mil pessoas.
Já em 4 de fevereiro de
1965, um tremor também de magnitude 8,7 atingiu as ilhas Rat, no Alasca (EUA),
gerando um tsunami de cerca de 10 metros de altura na ilha de Shemya. Apesar
disto, o abalo causou poucos danos.
Em 8 de julho de 1730, um
terremoto de igual magnitude atingiu Valparaíso (Chile), gerando um tsunami e
causando danos em diversas cidades da costa, mas causando poucas mortes.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava até agora
Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que se acreditava previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado na revista "Nature Geoscience".
O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge (Reino Unido) detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual anteriormente considerado, e a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada um milhão de anos.
O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluido externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.
"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.
Até agora, assinalou a cientista, este era um importante problema para a geofísica. "As rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura."
Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5.200 quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.
Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste, e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.
A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluido nas camadas externas do núcleo.
Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.
Waszek disse sobre os resultados: "Eles presentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético."
Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia
Cientistas acham "dinossauro chutador"
Cientistas britânicos e americanos anunciaram ter descoberto uma nova espécie de dinossauro --batizada de Brontomerus mcintoshi.
O nome em latim significa "coxas de trovão" e é uma homenagem às pernas traseiras, capazes de disparar chutes fortes.
Os ossos do Brontomerus foram descobertos na década de 90 em Utah, nos Estados Unidos.
Eles estavam numa pedreira e tinham sido vandalizados por comerciantes de fósseis do mercado negro, provavelmente por pensarem que não tinham valor comercial.
Pesquisadores do museu de História Natural de Oklahoma ficaram com os ossos até que em 2007, o professor Mike Taylor, da University College London, no Reino Unido, decidiu examiná-los mais detalhadamente.
O estudioso afirma que a parte superior do osso do quadril é muito maior que o de outros saurópodes. Segundo ele, isso o levou a deduzir que ele teria muitos músculos até em cima.
O Brontomerus então teria coxas muito fortes, musculosas e capazes de disparar chutes. Por isso, o Taylor acredita que inicialmente, os coices teriam sido usados para disputar a atenção de fêmeas, possivelmente evoluindo para defesa.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Concurso na internet batiza perigosa espécie de água-viva
O corpo em forma de cubo translúcido é elegante, os tentáculos com listras alaranjadas chamam a atenção. Mas não é nada aconselhável se aproximar da água-viva Tamoya ohboya, que acaba de receber oficialmente seu nome científico.
Dois dos "padrinhos" são os biólogos brasileiros Antonio Marques e André Morandini, do Departamento de Zoologia da USP.
O corpo em forma de cubo translúcido é elegante, os tentáculos com listras alaranjadas chamam a atenção. Mas não é nada aconselhável se aproximar da água-viva Tamoya ohboya, que acaba de receber oficialmente seu nome científico.
Dois dos "padrinhos" são os biólogos brasileiros Antonio Marques e André Morandini, do Departamento de Zoologia da USP.
PARA O POVO
Para isso, a equipe convidou as pessoas a sugerirem nomes científicos para o invertebrado marinho no site "Ano da Ciência de 2009", nesse ano.
Os internautas submeteram mais de 300 nomes ao site, reduzidos pelos cientistas para uma lista dos sete mais interessantes, que então passaram pelo crivo de uma votação na internet.
"O nome que ganhou eu particularmente não apreciei, mas tinha de aceitar, né?", brinca Marques.
Como o nome do gênero do bicho, o Tamoya, já era conhecido (há outra medusa do gênero, a T. haplonema, na costa do Brasil), a escolha foi só para o nome da espécie.
O vencedor foi ohboya, de "Oh boy!" (algo como "Ih, rapaz!"), exclamação ligada tanto à beleza quanto ao perigo representado pelo animal. "Para mim soa excessivamente gringo", diz o biólogo.
A T. ohboya é relativamente rara e parece ser uma criatura solitária, de hábitos diurnos, embora haja incerteza sobre seu estilo de vida.
Ela se diferencia de seus parentes próximos pelas faixas castanhas e alaranjadas nos tentáculos e pela estrutura de seus nematocistos, o órgão responsável pela "picada". "É a seringa da medusa", compara Marques.
Imagem detalhada de vírus HIV ganha concurso científico
Um modelo em 3-D do vírus HIV, responsável pela Aids, é uma das imagens vencedoras -- ficou em primeiro lugar na categoria Ilustração-- do concurso organizado por dois nomes conceituados ligados à ciência, a revista "Science" e a NSF (National Science Foundation).
As plataformas aceitas para concorrer ao concurso 2010 International Science and Engineering Visualization Challenge incluíram fotografias, gráficos, ilustrações e vídeos que retratassem a ciência como uma forma de arte.
Além do vírus HIV, foram selecionados trabalhos que retratam uma camada formada por moléculas, um tricoma foliar que existe em tomates e a aplicação da nanotecnologia.
A edição da "Science" desta sexta-feira apresenta reportagem completa sobre os melhores trabalhos.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Imagens reforçam tese de que cobras tinham patas no passado
Imagens tridimensionais de raios-X ultranítidas de um fóssil de 95
milhões de anos, encontrado no Líbano, lançaram luz sobre como as cobras
evoluíram de lagartos com patas, anunciaram cientistas em um estudo
publicado no "Jornal de Paleontologia de Vertebrados", na quarta-feira.
O fóssil de Eupodophis desouensi, medindo 50 centímetros, revela
uma pequena pata posterior presa à pélvis do animal. Ela estava
enterrada debaixo de seu corpo e só se tornou visível graças à nova
técnica.
A descoberta reforça teorias segundo as quais as cobras teriam evoluído
dos lagartos, até que finalmente perderam os membros totalmente, após
terem sido bem-sucedidas em habitats onde rastejar ou deslizar lhes deu
uma vantagem.
As novas imagens mostram que o E. desouensi, neste momento do período Cretáceo, estava no meio do caminho desta mudança.
A pata residual aparece dobrada em sua articulação, com vestígios de ossos do pé ou de dedos.
A imagem foi obtida mediante uma técnica denominada laminografia de
síncrotron, que usa raios X de alta resolução para sondar abaixo da
superfície e identificar detalhes de até alguns milionésimos de metros
de comprimento.
Foi feita uma rotação de 360 graus no fóssil enquanto este foi
escaneado, o que forneceu uma imagem tridimensional similar à popular
tomografia computadorizada empregada em hospitais.
O E. desouensi foi descoberto há dez anos e causou comoção na
época porque uma pequena pata traseira com apenas dois centímetros de
comprimento foi encontrada na superfície do fóssil. Especialistas
ponderaram, durante muito tempo, se uma segunda pata traseira poderia
ser vista.
Não há vestígios de patas dianteiras, o que indica que estes membros já tinham sido eliminados, sob pressão da evolução.
Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Novas rãs são encontradas em Madagáscar; veja fotos
Fotos de novas espécies de rãs que vivem em Madagáscar foram divulgadas nesta terça-feira pela Universidade Técnica de Brunswick (Alemanha).
A descoberta é do especialista em anfíbios Miguel Vences que, com outro colega, tem um histórico de ter encontrado uma centena de novos tipos.
A universidade divulgou duas fotos. A da rã da espécie Boophis sandrae e de outra da Boophis Tsilomaro.
Rã da espécie "Boophis sandrae"
Rã da espécie "Boophis Tsilomaro"
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Bactérias com 34 mil anos são reanimadas em experimento
Um complexo ecossistema de bactérias devoradoras de sal sobrevive há 34
mil anos em fluidos no interior de minerais de Death Valley e Saline
Valley, no estado da Califórnia (EUA).
A halita, como se denomina o mineral formado por cristais de cloreto de
sódio, tem sido o lar dessas bactérias, procariotas e eucariotas,
durante dezenas de milhares de anos. A pesquisa consta na edição de
janeiro da revista da Sociedade Geológica Americana, "GSA Today".
De acordo com o principal autor do texto, o cientista Brian A. Schubert,
do Departamento de Estudos Geológicos da Universidade do Estado de Nova
York, as bactérias estavam vivas. Mas a vida delas era limitada à
sobrevivência pois não usam energia para nadar nem se reproduzir.
A base de sua sobrevivência é um organismo unicelular, chamado alga
Dunaliella, presente em muitos sistemas salinos. Esse organismo produz
carvão e outros metabolitos que servem de sustento às bactérias.
Assim, os organismos podem sobreviver, durante períodos imprevisíveis, flutuando em fluidos no interior dos minerais.
"A parte mais emocionante (da pesquisa) foi quando pudemos identificar
as células de Dunaliella nos cristais, porque eram indícios de que
poderia haver uma fonte de alimento", explicou Schubert ao site Our
Amazing World.
O rápido crescimento dos cristais de sal, que envolvem todos os fluidos
em pequenas bolhas de ar protegidas em seu interior, é outra das razões
da surpreendente longevidade das bactérias, aponta o estudo.
Texto daptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia
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