quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mundo vai ter 30 mil genomas decifrados até o fim de 2011

O ritmo vertiginoso com que os computadores ficam mais rápidos chegou ao mundo do sequenciamento (leitura) de DNA. No ano passado, havia menos de dez genomas humanos decifrados. Quando 2011 terminar, serão mais de 30 mil -por baixo. 

A estimativa, considerada conservadora, foi feita pela revista científica "Nature" após ouvir mais de 90 centros de pesquisa genômica mundo afora. Só até o fim deste mês, a conta deve chegar a 2.700 genomas.

Um artigo científico na "Nature" desta semana serve como um aperitivo do que está por vir. Um consórcio internacional, o Projeto 1.000 Genomas, coordenado por David Altshuler, do Hospital Geral de Massachusetts (EUA), publica dados do genoma de 179 indivíduos dos cinco continentes. 

A batelada de pessoas incluídas na pesquisa tem uma justificativa simples: achar variantes raras de DNA. A questão é que, embora pareça haver um componente genético forte em problemas comuns, como diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares, é quase impossível achar genes associados a esse tipo de doença. 

Os pesquisadores apostam que isso se deve ao fato de que o risco genético de tais doenças vem de uma miríade de mutações raras, cuja ação se soma e acaba desembocando na tendência hereditária a dado problema. 

O consórcio internacional parece ter dado um passo importante para colocar a ideia à prova: eles identificaram 8 milhões de trocas de uma única "letra" química de DNA, até então desconhecidas, bem como 1 milhão de pequenas adições ou inserções de "letras" no genoma. 

Ainda não há leituras de genomas inteiros de indivíduos brasileiros, embora já tenha sido sequenciado o DNA de um tipo de tumor. 

Texto adaptado de:http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

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